sábado, 29 de setembro de 2007

Roteiros Turísticos Internacionais - Destinos

A Andaluzia e sua Capital – SEVILHA


A Comunidade Autônoma da Andaluzia é formada por oito províncias que ocupam a parte meridional da Península Ibérica, constituindo a região sul da Espanha. Trata-se de uma região aberta a dois mares, sendo um elo de ligação entre o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, entre o continente europeu e africano.

A Andaluzia é uma região de incomparável beleza paisagística e diversidade cultural. Suas raízes culturais pré-históricas vêm desde o Estado de Tartessos, passando pelas civilizações dos iberos, dos fenícios, dos gregos, dos cartagineses, bética romana, visigótica, árabe muçulmana para finalmente ser conquistada pelos reis católicos.

Porém, a dominação islâmica que durou quase oito séculos, deixou marcas indestrutíveis à região. Uma inestimável riqueza artística, cultural e histórica frutificou nos séculos seguintes. Hoje testemunhada através dos seus belos edifícios e monumentos mudéjares, góticos, barrocos e renascentistas.

A região foi sempre ponto de encontro entre culturas e etnias, devido à presença dos conquistadores, colonizadores, comerciantes e viajantes que por ali passaram. O reconhecimento pela UNESCO da Mesquita de Córdova, da Alhambra de Granada e da Catedral, Alcázar e da Lonja de Sevilha (Archivo de Índias) com o título de patrimônio da humanidade se deve ao esplendor vivido durante o Califado de Córdova, o Reino de Granada e o Comércio com as Índias, em Sevilha.

Além do seu invejável patrimônio, a região tem belas praias, interessantes pueblos de casas brancas, touradas, tapas (os petiscos espanhóis), vinho Jerez, seu povo, suas festas e suas procissões religiosas.

A capital da Andaluzia é Sevilha, sede da Junta e do Parlamento, quarta maior cidade da Espanha, importante centro agrícola com importante porto, Sevilha é banhada pelo rio Guadalquivir, que significa Rio Grande, maior responsável pelo desenvolvimento econômico, devido ao comércio com a América. Foi exatamente do porto de Sevilha, que Cristóvão Colombo partiu para o Novo Mundo.

A cidade é conhecida como a mais autêntica de toda a Espanha. Terra do flamenco, das touradas, de Don Juan, dos Imperadores Romanos, Trajano e Adriano, do poeta Fernando Herrera, do escultor Juan Martinez Montañes, dos pintores Francisco Zurbarán, Bartolomé Murillo, Diego Velázquez, dos ilustres São Isidro e Santa Ángela de la Cruz e muitos outros.

Sevilha está no coração da Andaluzia. Concentra os maiores ícones da cultura espanhola, tais como as roupas sevilhanas, as touradas, os barzitos, as tabernas, as tapas e as cañas, as imagens de santos nas ruas, a simpatia de todos e o uso da palavra Olé, que se espalha num labirinto de becos e de vielas pintados de brancos, que reproduzem mais de dois mil anos de história de ciganos, mouros e cristãos.

É uma cidade, vibrante, ensolarada, cintilante e muito viva. Repleta de palmeiras com uma ampla e variada oferta de alojamentos, de transportes, de restaurantes, bares e de atrações.

Sevilha caracteriza-se por um monumental patrimônio artístico, de inconfundível beleza e importância histórica. A gastronomia sevilhana é rica e variada, reflexo de toda sua história. Desfrutar da sua oferta cultural, da suas festas e tradições é uma experiência inesquecível.

A Giralda é o símbolo máximo representativo de Sevilha, por sua história, beleza e fusão harmônica de estilos. Foi o antigo minarete do templo muçulmano. Tem 93 m de altura e é a melhor vista da cidade tendo sido um dia a torre mais alta do mundo. Já a Catedral é uma obra gótica de grandes dimensões, sendo considerada a terceira maior do mundo.

O Palácio Real de Alcázar é o mais antigo palácio real habitado da Europa. Seus jardins impressionam e mostram as influências de diferentes estilos lhe conferindo um grande valor histórico.

A Plaza de España de estilo regionalista é a própria Espanha, com seus 48 bancos representando as províncias espanholas, decorados com azulejos, que mostram os acontecimentos históricos, o brasão e o mapa da província. Há um riacho com quatro pontes que representam os quatro reinos que formavam a coroa espanhola.

A Torre del Oro foi originalmente umas das torres que integrava a muralha de Sevilha. Está localizada às margens do rio Guadalquivir e hoje é sede do Museu Naval.

O Real Maestranza de Caballeria é a praça de touros mais antiga da Espanha, onde ocorrem os festejos taurinos mais importantes da Espanha e do mundo.

O Archivo General de Índias, antigo armazém de comerciantes, guarda toda documentação do descobrimento da América.

Fazer um cruzeiro pelo rio Guadalquivir, conhecer suas magníficas e diferentes pontes, de diferentes estilos e época é um maravilhoso passeio fluvial. O rio é o verdadeiro testemunho de como Sevilha nasceu, cresceu e firmou-se no cenário mundial.

Vale a pena fazer um passeio de charrete, partindo de suas praças e descobrir os encantos desta linda cidade, através de seus bairros típicos: Santa Cruz - o antigo bairro Judeu e o Arenal. Passear a noite na cidade é pura contemplação. Sua iluminação é de muito bom gosto, um espetáculo à parte, e um convite a La Movida, afinal Sevilha é também a capital das tapas.

Sevilha é uma cidade fortemente turística, principalmente depois da Exposição Ibero-Americana de 1929 e da Exposição Universal de 1992. Esses eventos proporcionaram a recuperação de muitos de seus monumentos que foram atingidos durante a invasão francesa e revoluções, como também, a construção de novos edifícios, parques, praças, vias de acesso, de comunicação e de transporte.

O turismo é a principal fonte de receita da região. Em 2006, Sevilha recebeu mais de 2.700.000 visitantes. A atividade turística em Sevilha é coordenada e monitorada pelo Consórcio de Turismo de Sevilha. Os serviços turísticos são avaliados periodicamente através de um programa de qualidade e recebem um selo de Compromisso de Qualidade Turística.

Enfim, visitar Sevilha é abrir o leque, pegar as castanholas, tomar uma sangria, comer umas tapas, bater palmas e gritar Olé... E como já dizia o poeta e diplomata pernambucano João Cabral de Melo Neto, quando cônsul na Espanha, na década de 50: “Há que sevilhizar a vida e há que sevilhizar o mundo”.

Marcelo Oliveira

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